Cultura Data Driven – 10 Dicas para sua empresa seguir

Descubra as melhores práticas de uma cultura data-driven com nossas 10 dicas essenciais para impulsionar a eficiência e o sucesso da sua empresa.
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A revolução digital trouxe consigo uma enxurrada de informações e dados, o que tornou a cultura data driven (orientada por dados) uma parte fundamental de qualquer organização que deseje se manter relevante no cenário atual. Essa abordagem envolve a tomada de decisões com base em evidências e análises de dados, em vez de depender exclusivamente da intuição ou experiência. A cultura data driven permite que as empresas compreendam melhor seus processos, clientes e metas, resultando em decisões mais embasadas e estratégias mais eficazes.

No entanto, para muitas empresas, uma cultura forte e orientada por dados ainda é elusiva, e os dados raramente são a base universal para a tomada de decisões.

Mas por que isso é tão difícil?

Nós, da Driven Consulting, em nossas experiências concluímos que os maiores obstáculos para criar negócios baseados em dados não são técnicos, mas sim culturais. É simples o suficiente descrever como deve ser um processo de tomada de decisão. Porém, é muito mais difícil tornar isso normal, até automático, para os funcionários – uma mudança de mentalidade pode apresentar um desafio assustador.

Portanto, neste artigo, exploraremos 10 dicas essenciais para você implementar e fortalecer uma cultura data-driven em sua organização, colhendo os benefícios que essa abordagem pode oferecer.

1. Faça um diagnóstico da cultura atual e do nível de maturidade

Uma empresa é um organismo vivo e extremamente complexo. Toda mudança, por menor que seja, requer antes uma preparação. Implementar uma cultura data driven requer mudanças comportamentais e organizacionais, além das evoluções tecnológicas.

Neste sentido, é preciso mapear a cultura atual da empresa e os potenciais obstáculos e aceleradores da transformação desejada. É importante entender e trabalhar comportamentos bloqueadores e crenças limitantes, como convicções pessoais, empirismos e medo excessivo de errar e de inovar. Também é fundamental entender o nível de maturidade da empresa em relação ao uso de dados na gestão e tomada de decisão.

A partir daí, deve ser feito um trabalho de conscientização e capacitação, através de dinâmicas e workshops comportamentais, visando preparar a organização para a jornada que se inicia.

2. Comece pelo topo da hierarquia

‌Uma cultura data driven deve ser liderada de cima para baixo. Os líderes da organização devem estabelecer as diretrizes e segui-las em sua totalidade. Os líderes devem ser o exemplo e demonstrar a importância de tomar decisões fundamentadas em dados. Assim, os líderes devem incorporar o uso de dados em suas próprias tomadas de decisão e estabelecer a expectativa de que todos na empresa façam o mesmo.

3. Defina os objetivos e escolha seus indicadores com cuidado

Sabendo aonde se está e aonde se quer chegar, estabeleça as etapas de sua evolução data driven e priorize quais as informações principais que a organização necessita para monitorar o seu desempenho.

Escolher habilmente o que medir e quais métricas e indicadores de desempenho é crucial. Os indicadores devem ser alinhados com os objetivos da empresa e relevantes para a tomada de decisões.

Evite indicadores difíceis de serem alcançados e concentre-se naqueles que têm um impacto real nos resultados do negócio. Tenha em mente que os indicadores devem ser poucos, bons e mensuráveis.

4. Aproxime-se de seus colaboradores

‌Muitas vezes os líderes tomam decisões apenas sobre seu próprio olhar. É importante aproximar-se dos colaboradores que de fato farão a mágica acontecer, pois eles possuem uma visão diferente dos líderes. Essa visão é complementar às visões estratégicas, fazendo com que as métricas sejam muito mais realistas e fáceis de serem atingidas.

Portanto, os colaboradores devem trabalhar lado a lado com a liderança e as equipes de negócios, colaborando estreitamente para garantir que os dados sejam usados de maneira eficaz em toda a organização.

5. Democratize o acesso aos dados

Uma das reclamações mais comuns é que muitas vezes os colaboradores não têm informações necessárias para realizarem seus trabalhos ou acesso a estas informações. Infelizmente, ainda hoje essa situação persiste, apesar de uma série de esforços para democratizar o acesso a dados nas empresas. Carentes de informações, os analistas não fazem muita análise, e é impossível que uma cultura orientada por dados se enraíze, muito menos floresça.

Certifique-se de que todos os funcionários tenham acesso às informações de que precisam para tomar decisões embasadas, e assim, conseguirem realizar suas competências. Comece com a disponibilização de um conjunto central de métricas e, gradualmente, expanda o acesso, conforme necessário.

6. Quantifique a incerteza

É essencial que as equipes entendam a incerteza associada aos dados e análises. Obviamente, jamais teremos 100% de certeza, porém é necessário exigir que as equipes sejam explícitas e quantitativas sobre os níveis de incerteza em suas análises. Isso ajuda a identificar potenciais fontes de erro e a aprimorar a precisão das decisões.

7. Busque simplicidade e robustez

Ao implementar novas ideias, comece com provas de conceito simples e robustas. Evite soluções complexas que podem ser difíceis de integrar na produção. Comece pequeno e aumente a complexidade à medida que for necessário. Envolva sempre a liderança e grupos de colaboradores nos debates de negócios e sobre o uso de informações.

8. Capacite seus colaboradores

A maioria das empresas não capacitam seus colaboradores, o que é um erro e as empresas que investem em esforços de treinamento, na maioria das vezes, investem em treinamentos rasos e genéricos. Desta forma, os colaboradores rapidamente se esquecem do que aprenderam, principalmente se não o aplicarem imediatamente.

Portanto, além das sessões comportamentais, forneça treinamentos em habilidades como gestão por indicadores e métodos de análise e também em conceitos e ferramentas analíticas especializadas. Isso garante que as habilidades sejam aplicadas imediatamente, maximizando a retenção de conhecimento.

Não limite o uso de análises apenas aos clientes. Capacite seus funcionários a usar dados para melhorar seu próprio trabalho e tomar decisões mais precisas.

9. Garanta consistência e linguagem mínima comum

Muitas empresas que dependem de dados abrigam diferentes “tribos de dados”. Uma “tribo de dados” é uma referência figurativa que descreve grupos ou equipes dentro de uma organização que têm afinidades ou preferências distintas em relação aos dados, métricas, ferramentas ou abordagens usadas na análise de dados. Esses grupos podem se formar devido a diferentes perspectivas, especializações ou históricos dos membros da equipe.

Cada tribo pode ter suas próprias fontes de informação preferidas, métricas personalizadas e linguagens de programação favoritas. Em toda a organização, isso pode ser um desastre. As empresas podem perder horas intermináveis tentando conciliar versões sutilmente diferentes de uma métrica que deveria ser universal. Inconsistências na forma como os modeladores fazem seu trabalho também têm um custo. Se os padrões de codificação e as linguagens variam em uma empresa, cada movimento de talento analítico implica em reciclagem, o que dificulta sua circulação.

Portanto, evite a proliferação de “tribos de dados” com preferências e métricas individuais. Em vez disso, escolha métricas e linguagens de programação padrão para garantir que todos falem a mesma língua de dados.

10. Seja transparente nas tomadas de decisões

Para a maioria dos problemas analíticos, sempre haverá vários caminhos para resolvê-los. Desta forma, os cientistas de dados devem fazer escolhas com diferentes compensações. Portanto, é uma boa prática perguntar às equipes como elas abordaram um problema, quais alternativas consideraram, o que entenderam das compensações e por que escolheram uma abordagem em vez de outra. Fazer isso como uma questão de rotina dá às equipes um entendimento mais profundo das abordagens e muitas vezes as leva a considerar um conjunto mais amplo de alternativas ou a repensar suposições fundamentais.

Então, promova a transparência explicando como as escolhas analíticas são feitas. Isso ajuda as equipes a entender as decisões e incentiva a consideração de alternativas.

Conclusão

Em um mundo cada vez mais orientado por dados, adotar uma cultura data driven é essencial para o sucesso a longo prazo de qualquer organização. Tal cultura não se trata apenas de tecnologia ou ferramentas; é uma abordagem holística sobre como uma organização opera. Quando implementada efetivamente, ela pode levar a tomadas de decisões mais assertivas e melhores, maior eficiência, melhores experiências do cliente e uma vantagem competitiva no mercado.

Seguindo essas 10 dicas, você estará no caminho certo para criar uma cultura que valoriza a análise de dados e toma decisões com base em evidências, impulsionando o crescimento e a inovação. Lembre-se de que a jornada para se tornar uma empresa orientada por dados pode ser desafiadora, mas os benefícios são inegáveis.


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